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terça-feira, 8 de março de 2011

A ALEGRIA DE VIVER NA TERRA

Quem disse que nós não nos alegramos com a vossa alegria? Há muitos tipos de alegrias e tudo depende do espírito de cada um. Se todos lembrarem que na terra tudo é vaidade, então, o que é que escapa da vaidade? Nada escapa da vaidade. Logo, as alegrias não devem ser medidas pelo acontecimento que as promove, mas sim pelo espírito que se envolve com o acontecimento. Neste tempo em que na vossa pátria fazem a folia do carnaval há muitos espíritos felizes que se alegram na comunhão dos sorrisos, na graça das cores das fantasias, na nostalgia dos enredos, nos espectros das saudades sadias, nos pressupostos ornamentais que desfilam momentos históricos. Assim, os encarnados viajam pelas ondas das emoções e dos sentimentos que os pensamentos produzem em conjunto com a fecundação das impressões captadas pelos sentidos do corpo físico. Alguns proliferam malícias e maldades, mas outros vivenciam um momento de ilusão e festa. Neste contexto muita alegria se faz. Alegrias que se emanam pelo ar como fumaças de pólvora e, que se perdem na solidão dos ares. Os encarnados vivem as ilusões do mundo em que habitam, desenhando suas ficções que desfilam pelo tempo dos dias que se seguem. Fazem isso em tempo de riso ou tempos de pranto. Mas, mesmo na palidez do pranto ou na aquarela do riso quem poderá dizer não existir a vaidade incrustada na solidão destes seres imortais presos ao denso e pesado mundo que se encontram?
A vaidade está por todos os lados. Vaidade há no coração do pregador e no coração do rebanho que o segue. A vaidade está constrangidamente por detrás da pretensa humildade do exaltado.
A alegria é um estado de espírito momentâneo. Um presente do proposto acontecimento. Ela não pode ser tolhida, mas também não pode ser a áurea da vida. Deve ser entendida como momento. E o momento deve ser entendido como condição de arrebatamento puro de riso e, ao mesmo tempo, uma nociva possibilidade de inverter a luz da vida. Pois podem abrir portas para a inferioridade tanto quanto podem luzir na paz da boa companhia espiritual. Porque tudo na densidade terráquea é como a matéria inflamável que gera a energia para a manutenção da vida, mas que mal usada pode vir a incendiar e destruir a paz da habitação.
Sejam vigilantes quando embarcarem nas almofadas da alegria deste mundo em que vivem. Nós somos vossos irmãos que nunca vos abandonam, mas precisamos da vossa luz e da vossa lucidez. A prudência é uma flor bela e colorida que ornamenta as vossas vidas.
Alegrem-se e não se misturem com os perversos.
Alegrem-se, porque amamos a vossa alegria, mas carreguem a vossa fé, a vossa paz, o vosso amor e, sobretudo a vossa prudência para onde vos levarem vossos pés. E estaremos convosco na prontidão do auxilio e do amor.
Alegrem-se. Sejam felizes. Amem-se uns aos outros com a ternura que o Cristo amado vos ensinou.
Que Deus abençoe a todos vós.
(Espírito José)

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