Era um tempo muito antigo, mas para mim é como se fosse ontem. Nós nos reuníamos para discutir o Pentateuco de Moises. Fiquei até o nascer da noite entre os sacerdotes. Eram noites de vinho e debates. E ao sair do templo, novamente avistei aquela moça. Amei-a como nunca havia amado uma mulher. Em meus planos já estava decidido, falaria com sua família.
Não demorou muito e o casamento estava marcado. Eu viúvo e com filhos do primeiro casamento, ela apenas uma menina muitos anos mais jovem do que eu.
Tivemos um filho que ocupou todos os nossos sentimentos e pensamentos. Arrancou lágrimas pesadas dos nossos olhos. Era dia, tarde, noite, madrugada e sempre sofríamos juntos. Enxugávamos um a lágrima do outro.
Ela amava as estrelas das noites de lua cheia e eu amava com ela. Eu amava o canto dos pássaros no nascer do dia e ela amava comigo. Eu pensava comigo: “Quando ela tocar, cheirar, vir, ouvir, provar ou fizer algo que a faça sentir prazer eu preciso acompanhar para tentar sentir o que ela sente”. E ela pensava do mesmo jeito.
Não éramos almas gêmeas como vocês dizem por aí. Não! Apenas éramos duas pessoas que aprenderam o que é amar. Dois bons espíritos.
Agora eu observo vocês e sinto um aperto na alma. Vocês não sabem amar. Não sabem observar a alma do cônjuge. Nãos se importam com os seus pensamentos, seus sentimentos, suas sensações, seus estados de espírito. Vivem um egoísmo. Não entendem as palavras de Cristo: “E serão um só corpo e um só espírito”.
Vocês não aprenderam o que é amar e chega um momento que a falta de amor seca a fonte de relacionamento do casal porque nada mais dividem de belo e surgem as separações, os divórcios, o abandono.
Todo homem precisa enxergar a alma feminina em toda a sua totalidade e em todo o seu esplendor, prestando atenção a todos os detalhes dos seus sentimentos, pensamentos e sensações.
Toda mulher precisa ser como uma borboleta. Delicada, livre e feliz.
Espírito em corpo masculino tem a natureza voltada para conquistar e espírito em corpo feminino tem a natureza voltada para a sedução.
No reino animal as fêmeas desfilam com a sua graça. São livres, graciosas, delicadas, não demonstram ao macho nenhum interesse.
No reino animal os machos fazem o contrário, exibem a sua autoconfiança. São carentes, viris e demonstram total interesse pela fêmea.
Não é diferente entre os humanos, porque ainda carregam o instinto animal.
Por isso, mulheres, sejam como as gazelas que sabem que atraem porque se amam. Uma mulher que não se ama não exala o aroma do poder da sedução.
E homens, sejam como os pavões, demonstrem o seu amor sem medo.
Essas duas naturezas se completam nesta graça de instinto
Mas, uma vez juntos, lembrem-se, deve haver valorização aos sentimentos, pensamentos e sensações, sobretudo por parte do homem que nunca deve deixar de conquistar o coração da mulher, porque se perder o poder de conquistar, também perde o amor da mulher.
Mulheres, sejam doces, amáveis, mais sejam livres. Por mais que amem, nunca deixem o amado perceber que você está inteiramente dependente do amor dele. Não façam isso. Se ele perceber que já te conquistou ele não terá mais o que fazer com o seu instinto de homem e, vai se sentir um nada diante de vocês.
Não digam que os homens é que não sabem dar valor à mulher. Vocês auxiliam isso quando demonstram aos homens que eles não têm mais a função de conquistador para vocês. Pois, quando vocês se mostram carentes e dependentes do amor do homem, estes ficam inúteis diante de vocês. E vocês deixam de ser para eles o atrativo do poder de conquistar. E, então, começam o desprezo, os desentendimentos maiores, a desvarização... Até que, viverem juntos, tornasse impossível.
O homem precisa conquistar constantemente. Está no instinto de sua natureza animal. E ele viverá por todo o tempo da união conquistando a mesma mulher se esta for sábia.
Mulher quando acabar o amor entre você e seu esposo, não tente reconciliar, esse papel não é teu. Se quiser o amor de volta, volte a ser como as gazelas. Assim, quem sabe, o homem não a verá e sentirá novamente desejo de conquistá-la.
Homens, as mulheres querem ser amadas, desejadas. Querem que vocês sintam o que elas sentem, querem que vocês amem o que elas amam. Querem que vocês fiquem sensibilizados diante do que também as sensibilizam.
E eu amei aquela mulher. Desencarnei primeiro, depois de um tempo ela desencarnou. Encontramo-nos no lado de cá, aprendemos a amar o amor coletivo, esquecemos do amor de casal, pois aqui não temos mais o corpo e não temos mais sexo. Ela não é mulher e nem homem, eu não sou homem nem mulher. Mas, sabemos tudo o que vivemos um dia neste plano que vocês estão agora. E quero dizer a todos vocês, que foi muito lindo.
Deus abençoe a todos vocês
(Espírito José)
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